Nunca disse que te amava,
mas lá no fundo sabias,
a verdade era-te clara,
e nada de ti se escondia.
Sabias como dançava ao som da tua voz,
e como saboreava cada peçado de ti,
lentamente, degustando, cheirando,
cada centímetro do teu corpo,
cada pingo da tua vida em mim.
Sentias como vibrava em ti,
e como chorava por mais,
secretamente, sem te o dizer,
e demorava-me no teu corpo,
absorvendo a tua alma,
e sentindo o teu amor.
Sentias o meu pulsar,
o meu desejo contido,
o meu medo de me perder,
no teu jardim florido.
OLhava-te cada momento,
e amava cada teu gesto,
sentia as tuas ideias,
como se fossem só minhas.
Devorava o teu sorriso,
nos teus lábios me perdia,
os teus dedos eram mágicos,
pois o meu corpo ardia.
Admirava o teu humor,
e a tua acesa rebeldia,
e no teu sono profundo,
soavas a minha melodia.
Mas nada se me interpunha,
no meu sentido de estar,
na minha ilha sagrada,
no meu poço de água gelada.
O tempo pregou-me partidas,
adiantou-me os ponteiros,
e uma hora em um segundo,
se passou o tempo contigo.
Só esses momentos contaram,
na minha pérfida vida,
e quando saí de madrugada,
deixando-te ali especada,
esperando um arrependimento,
que nunca se me escapava,
acreditei que era o fim,
de uma bela e única vida,
que nunca mais teria,
por mais infinita vida,
que me fosse oferecida.
Tive uma vida curta,
apenas segundos de vida,
afinal,
só tenho os momentos de ti.
Friday, September 19, 2008
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1 comment:
...e o porquê de nunca teres dito que amavas?....
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