Saturday, October 18, 2008

Não vás...



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Não vás...

Estas palavras ficaram-me gravadas na memória, pelo seu tom prolongado, com um final desvanecido, pelos gestos que o acompanharam, e pelo sentimento que o proferiu.

A memória tem destas coisas, guarda certos momentos como pequenos tesouros valiosos, para mais tarde nos presentar com o seu fabuloso espólio, mas que por vezes é massacrante.

"Não vás...", disse ela, como quem espera um arrependimento, uma incerteza escondida, ou que tudo não passasse de uma brincadeira de mau gosto. Ou talvez fosse uma forma de negação.

Olhei uma ultima vez, dilacerado por duas simples palavras, e fui...