Monday, September 22, 2008

Caminho Distante

Depois do adeus,
que mais fica?
Segue-se o caminho,
que a distância dita.
Vales e montes,
passam indiferentes,
dias e noites,
acumulam-se pela frente.
Segue-se o caminho,
destemido e ausente,
para donde fica,
esse lugar ausente.

Rugs of Life

On the reflected mirror,
there is a rugged face,
a full life of errors,
that I now must face.

Saturday, September 20, 2008

A espera

é daqui que te escrevo
minha ausente alma gémea,
com esta vista plena de mar
e infinitude de horizonte,
num esplendor que a vista
tenta alcançar, e o corpo sentir,
onde o cheiro a maresia se intrusa,
e os cardos me envolvem.

é daqui que te escrevo
minha desconhecida alma gémea,
procurando sentir-te no horizonte
com o olhar de um faról,
deste lugar belo e preparado
para o nosso encontro desejado,
de onde se avistam jardins
e navegadores sem fim,
onde tão calmo se sente o ar
e tão ondulante o mar,
com as aves a chilrear,
com um sol reconfortante,
e as noites de luar.

é neste lugar que te aguardo
para ao meu lado contemplares,
a beleza deste mundo,
a harmonia da natureza,
e imensidão deste universo,
e assim o nosso amor,
será repleto e pleno.

Friday, September 19, 2008

Come and fly with me...

Why are you down there?
spread your wings, girl!
look up at me,
use your sharp sight,
aim at my heart and shoot,
jump and fly up here,
I'll hold you just in case
you're still learning how to fly.

Please come up and see,
the wonderful world this is,
don't let the goblin hold you down,
with its famint and empty soul.

The world is ours to live,
the wind will set us free,
there are adventures to live
and prizes to claim our own!

Come and fly with me,
what a wonderful world this is.
The places there are to see,
and all the lives we have to live.

Come girl, spread your wings!
Aim at my heart and shoot,
fly up here close to me,
I'll hold you just in case
you're still learning how to fly.

Just trust your feelings,
and don't close your eyes.
Fly up here to me, girl!
I'll take you, as mine.


[
dedicated to someone special]

Oh! Love, Where art thou?

How do I miss your soul,
when I've seen you not?
I just feel you're there,
someplace I'm not.

Give me a sign,
anything I can see,
so I'll go to you,
wherever you are.

I'll cross the sea,
sail through squalls,
climb any mountains,
cross all the deserts.

Just give a sign,
of where you'll be,
anything I can see,
and I'll go to you,
wherever you are,
my misterious love.

Let me be and burn in hell

Don't stay with me,
you'll loose your soul,
I'll suck your eyes,
and leave empty holes.

Listen to my words,
look ahead the road,
run towards the sign,
that leads you the way out.

Go, go before it's too late,
go, before I change my mind,
before I hold you down,
and cut off your leg bones.

Please let me be,
this sick evil way,
You can't help me,
be any other way.

I am doomed in hell,
no love can save me now,
please let me burn out,
live your life well.

Uma vida...

Nunca disse que te amava,
mas lá no fundo sabias,
a verdade era-te clara,
e nada de ti se escondia.

Sabias como dançava ao som da tua voz,
e como saboreava cada peçado de ti,
lentamente, degustando, cheirando,
cada centímetro do teu corpo,
cada pingo da tua vida em mim.

Sentias como vibrava em ti,
e como chorava por mais,
secretamente, sem te o dizer,
e demorava-me no teu corpo,
absorvendo a tua alma,
e sentindo o teu amor.

Sentias o meu pulsar,
o meu desejo contido,
o meu medo de me perder,
no teu jardim florido.

OLhava-te cada momento,
e amava cada teu gesto,
sentia as tuas ideias,
como se fossem só minhas.

Devorava o teu sorriso,
nos teus lábios me perdia,
os teus dedos eram mágicos,
pois o meu corpo ardia.

Admirava o teu humor,
e a tua acesa rebeldia,
e no teu sono profundo,
soavas a minha melodia.

Mas nada se me interpunha,
no meu sentido de estar,
na minha ilha sagrada,
no meu poço de água gelada.

O tempo pregou-me partidas,
adiantou-me os ponteiros,
e uma hora em um segundo,
se passou o tempo contigo.

Só esses momentos contaram,
na minha pérfida vida,
e quando saí de madrugada,
deixando-te ali especada,
esperando um arrependimento,
que nunca se me escapava,
acreditei que era o fim,
de uma bela e única vida,
que nunca mais teria,
por mais infinita vida,
que me fosse oferecida.

Tive uma vida curta,
apenas segundos de vida,
afinal,
só tenho os momentos de ti.

Wednesday, September 17, 2008

Ausência

procuro o teu perfume no ar que respiro,
e sinto a tua presença ausente de mim,
procuro tocar-te a alma sem fim,
e refugiar-me dentro do teu retiro.

és uma sombra que pressinto,
uma leve briza que sinto,
e a tua voz ecoa suave,
até me tornar teu enclave.

Monday, September 15, 2008

Num só corpo

corpo que te amo,
que te cheiro e absorvo,
que te abraço e protejo,
do frio e desconforto,
corpo que te choro,
que te sorrio e beijo,
que te aperto no meu colo,
que te sinto como meu corpo.

Traição

sinto o corpo escondido,
dos medos que nos atormentam,
absorvo o teu cheiro,
num receio de descoberta,
procuro esquecer o mundo,
que lá pora nos rodeia,
que enfim há-de surgir,
sem piedade nem convite,
neste momento de ansiedade,
de paixão ardente.

O meu lugar

Quem és tu?

sou uma alma só,
que anda pelo mundo,
à procura tão só,
do seu lugar no mundo.


E que lugar é esse?

não sei que lugar é!
tem cheiros que nunca cheirei,
tem cores que nunca vi,
tem formas que nunca senti,
tem sons que nunca ouvi.
é belo e cheio de flores,

tem árvores verdes e montes,
que se elevam perante o mar,
cheio de vida e a espumar,
por entre as rochas
que se estendem pelo mar.


Que alegria esse lugar!

a alegria é tão fugaz,
como a chama de um fósforo.


Que procuras nesse lugar?

a minha paz interior,
o meu canto de descanso,
o lugar onde vou ficar,
até um dia morrer e enterrar.


E como encontras esse lugar?

encontro meu amor,
pois é lá o meu lugar,
o meu sentido de ser,
a minha razão de viver.

sem título

paixão que me queimas,
não sei como teimas,
amar-me sem vaidade,
ter-me com veleidade.

não és senão paixão,
que me consome sem perdão,
sem amor nem compaixão,
e me largas aqui no chão.

não posso estar aqui,
gozar-te até mais não,
como se só por mim,
morresses de paixão.

vai-te daqui paixão,
antes que me perca,
a deambular no teu corpo,
e nunca mais voltar,
a ter respeito por mim.

arde-me o peito,
comsome-me a carne,
penetro a tua alma,
sinto o teu charme,
deixas-me gasto,
sem qualquer pasto,
perdi a minha alma,
na paixão que me roubaste.

Um dia

Não me interessam as gentes,
as gentes que por aí andam,
gentes loucas, feitas bonecas,
andam por aí que nem marionetas,
comandadas por entre fios de linho,
de outras gentes manetas e sem tino,
andam por aí sem destino,
sem saber onde caír,
tropeçam, chocam e guerreiam,
sem ver por onde andam.

Não me interessam essas gentes,
gentes sem carne nem alma,
gentes que desdenham o próximo,
gentes que aniquilam o pródigo,
gentes que se amontoam,
só porque não se tocam,
não sentem os corpos,
nem sentem o seu fogo,
andam sem paixão,
não tém coração,
dessas gentes que aí estão,
desprezo o seu chão.

Não me interessam as gentes,
que me olham de soslaio,
sorriem com falsos lábios,
proferem falsas palavras,
mentem como o raio,
gentes sem principios,
vazios, podres, supérfulos,
deixem-me que não vos quero.

Prefiro estar aqui e só,
comigo no meu mundo,
talvez um dia encontre,
a alma gémea de outro mundo,
alma que me compreenda,
alma que me fale e olhe,
com verdade nos seus olhos,
e com amor nos seus gestos.

alma, por onde andas,
um dia vou-te encontrar,
vou-te amar e abraçar,
vou-te dar tudo o que encontrar,
o meu ser e o meu mundo,
te ofereço sem hesitar.


Inatingível

vejo o teu corpo nú, belo e exposto para mim,
apreendo o teu cheiro a rosas frescas e jasmim,
oiço a tua voz doce, suave que me chama,
pela qual os meus sentidos se deleitam,

agarro o teu corpo que se esfuma,
como um nevoeiro que me trespassa,
procuro sem encontrar a tua alma,
que se me apresenta como uma miragem,
tento chegar junto de ti,
e sentir pulsar o teu coração,
agarrar-te e sentir-te a vibrar,
pelo amor que jurámos sentir,

porque não consigo chegar até ti,
amar a tua alma envolta em mim,
afundar-me no teu corpo sem fim,
absorver-te e misturar-me em ti.
Não te consigo chegar,
não te consigo sentir,
só posso imaginar,
o amor que temos para dar,
juntos ao pé do mar,
na areia a namorar.

Perdido

deambulo, sinto o escuro frio pela pele,

desenham-se fios de navalha no ar,

abafo o grito enquanto me cortam a carne,

rasgam-se-me as veias do esforço contido,

procuro em vão agarrar esse cordão,

aquele que me liga ao ventre seguro,

sufoco de dor e afundo-me em solidão,

para jamais emergir à tona da multidão.

Saturday, September 6, 2008

Lost...Found

I've used all the air in my lungs to spread away the clouds,
I've shouted as loud as I can to make myself noticed,
I sent out the moon to gather all the stars to draw our path,
I called upon the sun to come forth and shine our way,
I'm here, I'm there, I'm everywhere.
But it seems I am nowhere to be found.
I feel the cold of my loneliness,
I feel the heat of my raged regret,
Is anybody there?
Silence...only deafening silence!
I can´t bare it no longer.
Where are you?
Can´t you hear me?
Can´t you see me?
Or am I so blind and fucking deaf?
Look away, my inert soul,
Leave my rotten body lay in the ground,
Let my carcass break down and be blown by the wind,
Let it mix with dust and be spread through the world,
I'm about to burst my guts out!
Suddenly...

...I hold my breath!

There are no angels, there are no devils,
I'm all alone in the dark room of fossils,
I hear nothing, I sense nothing,
but the presence of my absence,

I need a door, I need a passage,
to be free from this carcass,
hold me not, let me be,
let me fly, let me be free.

breath out...open your eyes,
feel the breeze of your new life,
see the world and fly away,
feel the joy and stay alive.

A Idade

Não conheço o tempo,
Não conheço passado,
Não sei do futuro,
É por mim desprezado.

Sou primeiramente,
aqui, agora, presente,
Mais branco uma vez,
Mais escuro outra vez.

Não deixo de ser,
a essência da vida,
Desde o amanhecer,
até ao entardecer.

Ao espelho observo,
a expressão reflectida,
A mesma que devo,
à minha nascida.

Light'n'Dark

Luz, que te sinto o calor,
que matas a escuridão,
que acalentas a dor,
que corrois o pudor.

Por onde lanças as labaredas
do teu esplendor?

Procuro-te, sem te encontrar,
nem sei por onde começar,
Apalpo na escuridão,
Vagueio e tropeço em vão,

Por onde lanças as labaredas
do teu esplendor?

Preciso do teu guia,
Perco-me nesta vida,
Não sei onde estou,
Não sei para onde vou.

Por onde lanças as labaredas
do teu esplendor?

Porque não entras na escuridão?
Porque me abandonas sem perdão?
Ah! Traidora, vilã, maldita,
És a venenosa amanita.

Por onde lanças as labaredas
do teu esplendor?

Estou cançado e sem forças,
Desorientado e sem rumo,
És como camisa-de-forças,
Deixas-me sem prumo!

Por onde lanças as labaredas
do teu esplendor?

Encontra-me, maldita luz,
Acaba-me com esta dor,
À tua alma farei jus,
Fá-lo-ei com grande ardor!

Por onde lanças as labaredas
do teu esplendor?

Porque não entras na escuridão?
Não me vês, corvado no chão?

Luz:
Vejo-te, aqui estou.
Sempre te iluminei,
Sempre te acompanhei,
E sem ti não me vou.

Porque não levantas esse corpo?
Porque não abres esses olhos?
Consigo entrar na escuridão,
Mas sem permissão, não no teu corpo.

Thursday, September 4, 2008

Lost'n'Found

Immortal kiss, never ending love,
Moments of truth, behold the lie,
I stand strong, there is no cove,
You're the soul who keeps me alive.

How immortal? The moment's gone,
How to love? The truth has died,
Oh! My soul! The lie is prone,
No matter what, To keep me tied.

I'm in the dark, I lost my soul,
I feel weak there is no love,
I stand down, with broken bones,
With all the lies, instead of souls.

I need your hand, to give me strength,
I need your light, to give me sight,
I need your smile, to give me hope,
I need your love, to lead me home.

Found my soul, found my love,
There is truth, to keep me strong,
All my life, past and forth,
I sought love, I live your love.