Sinto a tua falta.
Sinto a falta dos nossos olhares se encontrarem entre o espaço que criamos, e de anular esse espaço no reencontro dos nossos corpos.
Sinto a tua falta.
Sinto a falta dos nossos sentimentos partilhados entre olhares, sem as palavras que são apenas pálidas sombras das emoções que nos dão vida.
Sinto a tua falta.
Sinto falta dos toques entre as nossas mãos, que se entrelaçam e se soltam e se voltam a encontrar. E a cada reencontro, é como uma torrente de oxcitoxina e adrenalina de mãos dadas a percorrer todo o corpo, num turbilhão de secretos sentimentos que só nós entendemos.
Sinto a tua falta.
Sinto falta da cumplicidade, em que basta um olhar para nos alinharmos no mesmo pensamento, na mesma intenção, na mesma descoberta, na mesma ação... na mesmo emoção que palpita nos nossos corações.
Sinto a tua falta.
Sinto falta das lágrimas e das gargalhadas, e mais ainda dos sorrisos e do brilho que irradias. Da energia que nos carrega a alma, mesmo quando todo o corpo desfalece de cansaço, e um raio de felicidade se desvenda nos lábios, nos olhos, na voz, no encosto ao ombro.
Sinto a tua falta.
Sinto falta das partilhas soltas e das partilhas juntas, dos pressupostos e das alucinações construídas em conjunto, das ideias desconexas que se transformam em sonhos por realizar. Dos projectos idealizados e dos projectos a concretizar, das individualidades e do conjunto das nossas vontades, e em especial do nosso projecto família.
Sinto a tua falta.
Sinto falta da tua voz, de te reconfortar e me sentir reconfortado nos nossos abraços, e sentir que é nesse encontro que me sinto em casa. Sentir que, onde quer que estejamos, em que situação for, casa é sempre onde nos reencontramos a cada momento.
Sinto a tua falta.
Sinto falta de caminharmos juntos, de irmos à descoberta sem saber bem como ou por onde, e saber que juntos estaremos sempre bem, aconteça o que acontecer.
Sinto a tua falta.
Sinto falta da distância que alimenta o nosso reencontro, que intensifica a nossa presença, a nossa vida. Sinto falta da nossa terceira idade, e das histórias das nossas aventuras, falhanços e sucessos ao sabor das ondas do mar.
Sinto a tua falta.
Sinto falta do pensamento de ti, da eminência do reencontro, daquela sensação do "está quase, daqui a pouco nos encontramos". Sinto falta das surpresas só porque sim, da espontaneidade que nos diverte, das pequenas coisas que nos aquecem o coração, da tua voz a cantar e do teu corpo a dançar.
Sinto a tua falta.
Sinto até falta das pequenas coisas que às vezes me irritam, das nossas diferenças que tantas vezes se complementam, e de todas essas coisas que me fazem lembrar que também isso és tu que tanto amo!
Sinto a tua falta.
Sinto falta do nosso amor, tão diferente e tão naturalmente conectado. De sermos nós, livres na nossa escolha de seguirmos juntos com leveza e uma forte intenção de vivermos a nossa felicidade. Sem as preocupações do que está lá fora, seguros do que sentimos a cada momento.
Sinto falta de ti.
Sinto falta de poder viver contigo esse amor contigo.
Sunday, November 10, 2019
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