Sunday, November 16, 2008

Pôr do Sol

Aqui nesta varanda observo o que posso do pôr do sol. O pôr do sol situa-se à minha direita, ou, para ser mais preciso, a uns 45º a 60º à minha direita. Estou aqui sentado, desta vez sem rum nem chocolate, pasmado pelas cores que este fim de dia me presenteia.

Muitas vezes observo o pôr do sol como se fosse a primeira vez. Não entendo porquê, porque costumo dizer que são quase todos iguais. Mas estes fins-de-dia têm sempre algo de especial que me entontece o espírito.


Pois, mas é isso, são quase todos iguais. Podia dizer que já assisti a fins de dia com cores mais vivas, ou cuja humidade lhes dá aquele toque especial, ou que noutros lugares, pelos micro-climas ou ausência de poluição, é quase como um lugar mágico só visto em filmes de fantasia ou recriados na nossa imaginação ao lermos um fabuloso conto para crianças. Podia referir tudo isso e mais alguma coisa, como as cores quase purpuras a que já assisti, efeitos de temporais lá longe, ou qualquer outra combinação de factores e cores absolutamente arrebatadores. E que apesar deste pôr de sol, este fim de dia, estar repleto de tons entre o azul escuro e o vermelho escuro, passando por tantos outros intermédios e alguns mais claros e fortes, que apesar do ar quente que estas cores denotam, que os contrastes quase irresistíveis me deixam boquiaberto pela beleza que transmitem, e por este cheiro a mar que se absorve e sente a cada inspiração de ar, pelos morcegos que por aqui se passeiam como se zelassem pelo meu bem estar... sim, porque é graças a estes pequenos vertebrados que os mosquitos não me entram janela dentro, ...e que apesar de todos este factores mágicos, belos, arrebatadores, curiosos e esmagadores pela imensidão que transmitem, quer este ou quaisquer outros a que já tenha assistido, nenhum algum dia se igualará àquele que verei sentado ao teu lado.

[fotografia tirada por mim... ...está inclinada, eu sei, mas não tenho de momento software para a tratar - tirada em Ko Bulon-Lae, Tailândia]

Sunday, November 9, 2008

Fragmentos

O que são estes sentimentos contidos,
estas palavras escondidas, não ditas,
esta ausência de voz que nos prende,
o receio da precipitação indevida,

no respirar do teu corpo que se aproxima,
na antecipação do teu toque caloroso,
nas tuas palavras que me embalam,
no pensamento que se adivinha,

ou no teu espirito que se sente,
e me acompanha quando ausente,
com quem partilho os momentos,
que vivo neste mundo distante,

caminho sobre pedras que resvalam,
sinto a brisa que me arrepia,
desenho um caminho que me leva,
onde mais nada desencontro,

e este anseio que procuro conter,
esta loucura que sinto crescer,
provoca-me um silêncio ensurdecedor,
onde te receio perder,

é como um conto inacabado,
uma história com pedaços tirados,
onde se desconhece o seu fim,
e se desvenda o misterioso presente.

Monday, November 3, 2008

Um beijo!




dou-te um beijo
do desejo de te ter, de te sentir ao meu lado com esse corpo ardente que me procura e me enlouquece,

dou-te um beijo de amor para te reconfortar a alma, e encontrares esse lugar mágico que tanto buscas e espero que encontres,

dou-te um beijo por esse teu jeito de sorrires e de olhares, de me falares que me adoras e me fazeres tremer de desejo,

dou-te um beijo por todos os suspiros e todos os gemidos de prazer de quando te senti nos meus braços,

dou-te um beijo, por tudo o que sinto por ti, por toda a paixão que me arrebata o corpo e me eleva a alma,

dou-te um beijo, para te lembrares de mim.