Wednesday, December 11, 2019

Quero viver-te plenamente!



Quero o teu corpo. Quero olhá-lo como merece ser visto. Apreciado pela beleza que contém em si mesmo - a tua essência, o teu espírito, o teu jeito de ser. Quero apreciar cada curva, cada ruga e cada cicatriz da passagem do tempo, das intempéries e das batalhas perdidas e vencidas. Quero sentir cada volume, cada textura, cada músculo, cada pedaço de tentação que te cobre a alma. Quero-te inteira... tal como estás, tal como és, a cada momento que passa, agora, sempre! Quero sentir o teu sentir, as tuas mais recônditas paixões, as tuas tristezas e as tuas alegrias. Quero ouvir os teus murmúrios, o teu choro e as tuas gargalhadas. Quero cheirar cada pedaço de ti, desde o teu suor do teu esforço ao teu doce perfume de ser, e exalar o aroma do teu ardente desejo. E saborear-te, lentamente, ao longo do tempo, até ao fim dos dias. E nesse momento saberei, enfim, que te vivi plenamente. .

Wednesday, December 4, 2019

Gosto de te ver sorrir com esse brilho nos olhos

Ontem tive notícias tuas. Não que me tivessem sido dirigidas, que nem me são devidas. Eram públicas. E surgiram-me na lista entre tantas outras publicações. E parei a observar, captado pelo teu olhar. 
Há uma certa tranquilidade e felicidade em saber de ti, que estás bem e a redescobrires o teu espaço, o teu caminho. Senti a tua felicidade, e recuperei a magia que é, como foi para mim, da liberdade e sentimento de auto-concretização que suponho estejas a sentir. É fantástico, não é? Gosto de te ver sorrir com esse brilho nos olhos.

#simples #amor #vida #felicidade #descoberta #olhar #viver

Sunday, December 1, 2019

Vejo-te sem te ver...

Vejo-te em cada cara com que me cruzo na rua. Vejo-te nas correrias e descobertas do que te é novo. Vejo-te nas brincadeiras e nas birras. Vejo-te nas gargalhadas e no choro de quem não é compreendido. Vejo-te nas teimas e nos carinhos. Vejo-te na recusa irreverente e também na procura daquele lugar seguro. Vejo-te a encontrares o teu caminho, as tuas paixões, os teus devaneios. Vejo-te a cair e vejo-me a tremer de medo, nuns momentos, e vermelho de raiva, noutros. Erro meu, pois só caindo poderás, alguma vez, aprender e crescer. Vejo-te em todo o lado. Vejo-te como não te tive, e vejo-te como se te tivesse. Vejo-te a crescer e a ganhar espaço, a conquistares o teu lugar no mundo, como se isso fosse algo a conquistar - pois já te pertence. Ou pertencia, que aqui não estás. Vejo-te rebelde, e vejo-te dócil. Vejo-te a desbravares o mundo e a derrubares barreiras, e vejo-te a criar raizes e muros à tua volta. Vejo-te crescer uma e outra vez, e imagino como tudo isso seria possível se te tivesse. Não ter-te como coisa minha, mas ter o privilégio de conviver, experimentar e crescer contigo. Ter a tua presença, por pouco tempo que fosse, e proporcionar-te os meios de fazeres o que virias cá fazer, seja algo grandioso ou os mais banais modos de vida, e de tornar real esta minha necessidade incompreensível de ser pai.