Apetece-me gritar,
mas gritar bem alto, até ficar sem forças.
Quero gritar
até que tudo trema, até ensurdecer.
Quero gritar
pelos deuses e pelos demónios que me fizeram assim,
e eles depois juntos que se entendam.
Quero gritar
até fazer vibrar a terra, tirar a lua de órbita e o sol se apagar.
Quero gritar
até me desintegrar, até rebentar as costelas e virar pó.
Quero gritar!
Pode ser que assim deixe de sentir a dor que me corrói a alma.
4 comments:
Mas ainda assim, todos estes gritos mudos que me sufocam, demonstram ser insuficientes para libertar a minha alma desta dor...
porque são mudos...
Há dias assim...
O grito apesar de libertar a alma e a furia, apazigua a dor. Mas apenas isso: apazigua! Ela continua lá, como enxerto, como fazendo parte da cena e do momento.
Há dias assim...
Onde se constrasta a felicidade do dia anterior com a agonia do dia presente. Onde toda a calma e a serenidade resvalam e domina a incerteza e o receio.
Há dias assim...
Beijo e relembro que não estás só em dias assim...
Obrigado.
:)
Post a Comment